O Observatório das Adições Bruce K. Alexander nasce a partir do
Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência (OEDT).Com o surgimento da União Europeia, os cidadãos europeus passaram a ter livre circulação por todo o território da comunidade, surgindo o medo que os adictos em substâncias psicoativas (legais e ilegais) migrassem para o país que melhor os acolhessem, causando uma sobrecarga nos serviços de atendimento a esses cidadãos.
Para que isso não ocorresse, foi criado o Observatório Europeu, com a missão de implantar políticas públicas relativas dedicadas aos usuários drogas em todo o território europeu, respeitando a cultura e os recursos de cada local.
Para nós, do Observatório das Adições Bruce K. Alexander não faz mais sentido em destacar um tipo de adição (vulgarmente conhecida como vício), tendo em vista que entendemos que adição é tudo aquilo que o indivíduo pratica contra a sua vontade, independentemente de sua frequência, quantidade ou o efeito que lhe cause.
Sendo assim, em um movimento ousado, resolvemos dar um passo a frente e romper com o lugar comum e trabalharmos com a adição e o adicto propriamente dito
É fundamental observarmos que dentro de nossa ética de trabalho, o diagnóstico do adicto é dado por ele próprio ao pedir ajuda para deixar de fazer algo que se sente impelido a realizar, independente de sua vontade.
Os motivos que levam o adicto indivíduo a fazer o que não deseja, são multifatoriais e devem ser investigados cuidadosamente e só pode ser realizado com permissão, desejo e participação do próprio adicto.
É importante observar que vivemos em uma sociedade majoritariamente adicta, onde a cultura naturaliza condutas e práticas adictas, somente passando a combatê-las quando seus efeitos não atendem aos interesses da elite que exerce sua liderança sobre a comunidade.
Como historicamente sempre ocorreu, quando o indivíduo não atende aos interesses das elites, ele é adoecido ou criminalizado, passando a ser responsabilizado por “sua” adição e, consequentemente, inocentando o sistema que produz a adição.
É importante realçar que a adição se manifesta no indivíduo, mas tem origem na sociedade, na forma que nos é imposta de viver.
Um exemplo clássico é o nível de consumo que somos estimulados a manter, mesmo que a consequência seja estarmos à beira de uma catástrofe, ao participarmos da transformação do Terra em um planeta inabitável para nós humanos.
Quanto a nossa metodologia de trabalho, ela baseia-se na conjugação das metodologias desenvolvidas por Bruce K. Alexander e Paulo Freire, as quais têm extrema similaridade filosófica e ética.
Um exemplo bastante significativo da aplicação dessa metodologia de trabalho é o programa implantado na Islândia, chamado de “Planeta Jovem”.
Como vocês verão no vídeo a seguir, no início dos anos de 1990, a Islândia tinha o grupos de jovens e adolescentes que mais consumiam drogas (legais e ilegais).
20 anos depois, na década de 2010, esse mesmo grupo reduziu consideravelmente seus consumo de drogas e passou a ter altos índices de felicidade.
Em um depoimento espontâneo, Bruce aborda (vídeo a seguir, na aba “Alguns de Nós” aqui do site vocês encontrarão outros depoimentos) a criação do Observatório das Adições Bruce K. Alexander dentro do contexto sociopolítico que vivemos, onde as fartas possibilidades de comunicação via WEB, o aquecimento global e o isolamento social imposto pela COVID 19, dentre outros fatores, nos levou a uma solidão jamais vivida pela humanidade e, consequentemente, a explosão das adições, onde até mesmo o amor assume formas abusivas, podendo se transformar em uma “adição”.
De uma forma absolutamente resumida:
* Fortalecer o Estado Brasileiro, transferindo tecnologia para promoção da inclusão social, em especial para casos de “Adição”. Temos a convicção que a promoção da inclusão social, principalmente nesses tempos por vir imediatos, é uma tarefa que SÓ pode ser desempenhada por um Estado forte e atuante;
* Estimular a implantação de políticas públicas que promovam a inclusão social;
* Gerar e difundir informações a respeito das “adições”, tarefa essa que consideramos como primordial, uma vez que a grande maioria das informações a esse respeito estão a serviço de outros interesses que não o bem-estar social.
Quanto a difusão das informações, nos utilizamos de diferentes meios para gerá-las e socializá-las”, sendo os principais:
* Rodas de conversas virtuais, o “Papo de 2a” (aba a seguir), as quais são gravadas e disponibilizadas em nosso canal do youtube
em nosso canal do youtube.* Publicação de livros compostos de artigos e depoimentos de autores com origens e culturas diversas ( aba “Publicações”), ou acesso direto nos links ao lado.
Livros, Artigos, Teses.